NELSON CAVAQUINHO - O POETA DA MELANCOLIA!

    Ontem na Coluna de Nelson Motta fiquei sabendo de algo inusitado sobre a história de Nelson Cavaquinho, esse compositor que faz parte do meu acervo pessoal. A história foi a seguinte. Nelson trabalhava para a polícia e fazia as rondas noturnas a cavalo. Um bela noite quando fazia a ronda encontrou-se com os amigos e foi beber e cantar. Conclusão, "o cavalo voltou sozinho!". Nelson foi demitido e começou a viver de "bicos", entregue a bebida e a música. Mas esse não foi o fundo do poço.

    Suas letras passionais chamaram a atenção de grandes compositores como Chico Buarque de Holanda e de interpretes como Nara Leão. Sua grande pupila foi Beth Carvalho que gravou um disco com os maiores sucessos do "Poeta da Melancolia" com o título "Nome Sagrado". A Estação Primeira de Mangueira vai homenagear no carnaval deste ano ele, que com sua voz de taquara rachada e sua batida de violão primitiva  tornou-se um dos sambistas mais passionais e mais dramáticos da história da música popular brasileira.

    Fica para os finos leitores essa letra, e quem quiser saber mais. . .bem. . .só escutando pra saber!
                      

A flor e o espinho

(Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha)
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma à sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha mágoa
É minha dor e os meus olhos rasos d'água
Eu na tua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma à sua
O sol não pode viver perto da lua